Final de semana de recolhimento com marido viajando e a redescoberta do prazer de assistir um filme. Eu estava há algum tempo sem paciência para o cinema. Mas resolvi selecionar muito bem o que assistir e assim não me frustrar. A minha última frustração foi com O Grande Gatsby 2013. Não consegui passar da primeira meia hora de filme. Não é cinema, é videogame. Um exagero visual nas cenas, cafona cafona. Destruíram o livro. Escolhi para assistir então Uma mulher sob influência, do John Cassavetes (considerado o pai do cinema independente norte-americano). Um filme forte e arrebatador. Isso sim é cinema. Atores espetaculares (Gena Rowlands emociona o tempo todo). Uma história aparentemente banal, mas tem tanta coisa por trás que te faz pensar muito sobre o filme por dias seguidos. Afinal quem são os loucos? Que tipo de loucura é aceita na nossa sociedade? No filme todos me parecem loucos, mas só a personagem de Gena Rowlands vai pro hospício. O quanto relações doentias e comportamentos agressivos podem alimentar a loucura do outro? É um cineasta que consegue despertar muitos questionamentos. A cena do almoço com o marido e seus amigos do trabalho acontece praticamente em tempo real. E é muito angustiante. A cena final do filme é sublime.
Comentários
Postar um comentário